Na semana passada foi relembrado o aniversário de 46 anos do golpe de 64, que condenou o Brasil a uma ditadura sanguinária, que decapitou nossa economia, arrasou nossa educação e até hoje está presente na lembrança de seus filhos.
Vinte e um anos depois da democratização nacional temos o desprazer de ver um destes filhos da ditadura, José Serra, até pouco governador de São Paulo, atacar com cassetetes e balas de borrachas cerca de 40mil professores que se manifestavam por maiores investimentos na educação pública, melhoria de condições de trabalho e denunciavam o desmonte do sistema público de educação feito pelo governo tucano, infeliz imagem que nos faz pensar até quando teremos de aguentar a opressão na educação,quando os filhos da ditadura irão entender que este regime caiu e agora o poder está na mão do povo que não pode ser reprimido?
Durante os 21 anos de ditadura militar no Brasil o movimento estudantil foi a principal fonte de resistência popular ao regime, porem depois de 21 anos de democracia direta o único foco de regime ditatorial está nos colégios, exatamente onde são formados os cidadãos. Cabos eleitorais de segunda categoria são indicados para um papel primordial na sociedade, educar nossos jovens, sem muitas vezes saber absolutamente nada de educação, e ainda pior, acreditam que podem fazer do colégio seu pequeno feudo, onde eles são “o Rei-sol”, local em que apenas suas leis valem, apenas seu s direitos são mantidos. E os demais? Estudantes? Professores? Funcionários? Pais? Servem apenas para cumprir suas ordens descabidas. Frequentemente esses aliens à educação, se posicionam contra a fundação, a organização e a boa gestão de grêmios estudantis.
A construção de um país democrático de verdade, passa por uma estrutura de ensino democratica, que possibilite ao estudante, ao pai, funcionário ou professor participar realmente da construção deste sistema. Deste modo garantimos também a formação de bons cidadãos brasileiros, não espartanos, pois votar em um vereador, que irá “representar” você é algo muito longe da maioria, mas votar em um diretor que passará todos os dias na frente da sua sala, estará no seu corredor e administrará o espaço em que estarás por 200 dias por ano, é garantir o ensino da democracia real. Isto somado a um grêmio estudantil livre e atuante, uma APP comunitária resultará em eleições paritárias, justas e que levarão as instituições de ensino do Brasil a um novo patamar, público, de qualidade e comunitário, um colégio para do povo para o povo, pois é fácil dizer que o jovem não se interessa pelo estudo se o sistema de ensino não se interessa pelo jovem e quando ele quer intervir este se fecha completamente. Mudar a educação para transformar a realidade, transformar a realidade Pra Ser Muito Mais Brasil!
Daniel Gaspar é presidente da UMES São Bento do Sul, Vice-presidente da UBES/SC e Diretor de Movimento Estudantil da UJS Santa Catarina
Mais textos em : http://Dancgaspar.blogspot.com
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